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Jardim da Casa

quarta-feira, 20 de junho de 2012

O Tempo




O TEMPO

E um astrônomo disse: “Mestre, que dizes do tempo?”
E ele respondeu: “Gostaríeis de medir o tempo, o ilimitado e o incomensurável”.

Gostaríeis de ajustar vosso comportamento e mesmo de reger o curso de vossas almas de acordo com as horas e as estações.
Do tempo, gostaríeis de fazer um rio, na margem do qual vos sentaríeis para observar correr as águas.  Contudo, o que em vós escapa ao tempo sabe que a vida também escapa ao tempo, e sabe que ontem é apenas a recordação de hoje e amanhã, o sonho de hoje, e que aquilo que canta e medita em vós continua a morar dentro daquele primeiro momento em que as estrelas foram semeadas no espaço.
Quem, dentre vós, não sente que seu poder de amar é ilimitado?
E, contudo, quem não sente esse amor, embora ilimitado, circunscrito dentro do seu próprio ser, e não se movendo de um pensamento amoroso a outro, e de uma ação amorosa a outra?

E não é o tempo, exatamente como o amor, indivisível e insondável?

Se, todavia, deveis dividir o tempo em estações, que cada estação envolva todas as outras estações, e que vosso presente abrace o passado com nostalgia e o futuro com ânsia e carinho.

(Khalil Gibran)

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